Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me – Mt 16.24
O
ensino que o Senhor Jesus dá aos discípulos continua o mesmo até hoje;
nada foi mudado. Para a fé fiel e para a obediência filial também não
mudou nada. Os verdadeiros discípulos são os homens e mulheres que vivem
em associação com o Senhor crucificado, ressuscitado e presentemente
glorificado. Submissos à sua palavra, realizam sua obra de fé e amor
entre os homens, nas mesmas condições dos discípulos primitivos.
“Se
alguém quer vir após mim...” Deus não usa mais a linguagem da antiga
aliança; em vez de dar ordens, propõe. Trata-se de um convite que
recebemos, tendo a liberdade de aceita-lo ou recusá-lo. A passagem fala
da condição de vida de um discípulo que se alista voluntariamente e
aceita obedecer, como soldado leal e disciplinado, ao seu Mestre. Até
que sejamos submissos por vontade própria, o Senhor apenas nos propõe
que nos alistemos nas fileiras de seus discípulos. Não nos obriga a
isso.
“A si mesmo se negue...” É nesse ponto que
somos postos à prova, porque se essa renúncia não for a base e o fundo
de nossa vida de discípulo, o fracasso é certo. Será que já renunciamos a
nós mesmos de verdade, sem esperar ser elogiados pelos homens, mas
apenas vistos por Deus, que saberá recompensar-nos publicamente na hora
devida? Quando respondermos afirmativamente a esse convite do Mestre,
nossa vida será protegida e frutífera.
“tome a
sua cruz, e siga-me”. Não podemos esperar que as circunstâncias nos
obriguem a dar nossa vida, mas devemos oferece-la voluntariamente. O que
dá valor à nossa consagração não é somente a decisão de seguir a Jesus e
carregar nossa cruz, mas o ato voluntário que realizamos, estando
perfeitamente conscientes de não agir por obrigação, mas por amor ao
Senhor e ao mundo.
Temos de aceitar o convite e
preencher as condições para esse serviço. Só então poderemos servir à
humanidade e glorificar a Deus na terra.
H. E. Alexander
Tweet